É preciso superar a ideia de que existe educação presencial e online. Hoje, o online é parte da educação em qualquer contexto.
Os docentes “presenciais” precisam aceitar e acreditar na Educação a Distância. Ainda há muita resistência, não só deles, mas da sociedade como um todo no que diz respeito a atividades educacionais nesse formato. Na produção de cursos, quando um professor “presencial” acredita que vai ser possível transmitir seu conteúdo em EAD, a própria atitude dele muda em relação aos meios que serão usados.
Penso que, entre as habilidades que eles precisam desenvolver, elas estão diretamente ligadas às tecnologias web, suas ferramentas e recursos. Mas não considero uma habilidade exclusiva da modalidade a distância. Hoje, o domínio da web e dos recursos online já pode ser considerado uma habilidade para a vida.
Os professores que atuam – e entendem – nas duas modalidades (presencial e à distância) sabem aproveitar mais todos os recursos disponíveis em todos os contextos. E, como em tudo na vida, é mais fácil fazer o que já sabemos.
Agora, temos que pensar mais a respeito da dicotomia presencial X online (que passo a utilizar como representativo ao EAD, visto que esse é o meio padrão hoje). Na minha opinião, ela não existe mais na educação. O professor presencial, de alguma maneira, vai precisar se comunicar com seus alunos e vai, invariavelmente, usar algum meio online (email, mensagens de telefone, grupos em redes sociais… )
Assim, talvez o desafio maior é mostrar àqueles que se entendem como “docentes presenciais” que isso não existe mais.
E falando sobre competências. Uma das coisas que aprendemos na produção de cursos é que o EAD é uma obra coletiva. O especialista tem o domínio do conteúdo mas, para um curso de qualidade ser criado – e quando ele não tem habilidades de comunicação e linguagem necessárias – , é preciso da colaboração de um profissional que tenha. Às vezes, é o design educacional, outras um profissional de linguagem e/ou design.
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